Pierre Verger | |
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![]() Autorretrato, 1952
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Nome completo | Pierre Edouard Leopold Verger |
Pseudônimo(s) | Fatumbi |
Nascimento | 4 de novembro de 1902 Paris, Ilha de França, França |
Morte | 11 de fevereiro de 1996 (93 anos) Salvador, Bahia, Brasil |
Nacionalidade | francês (naturalizado brasileiro) |
Ocupação | |
Religião | Candomblé |
Website | Fundação Pierre Verger |
Pierre Edouard Leopold Verger (Paris, 4 de novembro de 1902 — Salvador, 11 de fevereiro de 1996) foi um fotógrafo autodidata, etnólogo, antropólogo e escritor franco-brasileiro, que assumiu o nome religioso Fatumbi.
Pierre aprendeu a fotografar em 1932 com Pierre Boucher (1908-2000), quando adquire sua primeira câmera Rolleiflex e percorreu diversos países trabalhando para jornais e revistas norte-americanos e europeus, como o Paris-Soir, em 1934; Daily Mirror, de 1935 a 1936; Life, em 1937; Paris Match, em 1938; Argentina Libre e Mundo Argentino, em 1941 e 1942; e O Cruzeiro, no Brasil, de 1945 até fins dos anos de 1950.[1][2]
Com outros fotógrafos, fundou em 1934 a Alliance Photo, agência fotográfica que administrava e divulgava o material produzido por seus membros. Em 1946, mudou-se para a cidade de Salvador, onde se dedica a estudar a religião e cultura negra da África e do Brasil, assunto no qual se torna especialista e autor de diversos livros.[1][2]
Por sua inserção na religião e cultura negras, ele se inicia no culto de divinação no Benim, momento em que se torna um renascido na graça de Ifá com o nome de Fatumbi. A primeira fase de seu trabalho é representada por livros de fotografia. Já a partir de 1931, seus livros eram retratos das diversas culturas que conheceu em suas viagens. A partir de 1946, Pierre se dedica ao estudo da cultura iorubá e passa a deixar suas observações por escrito, passando de fotógrafo a escritor e etnólogo.[1][2]
Pela Sorbonne, em Paris, em 1966, Pierre obtém o título de doutor, com uma tese sobre a diáspora africana e o tráfico negreiro entre o golfo do Benim e a Bahia nos séculos XVII ao XIX que se tornou referência em estudos sobre a escravidão. Em 1974, começa a trabalhar como professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e foi figura importante para a fundação do Museu Afro-Brasileiro, inaugurado em 1982.[1][2]