Portela (escola de samba)

Portela
Fundação 11 de abril de 1923 (101 anos)[1][2]
Cores
Símbolo Águia[1][2]
Bairro Oswaldo Cruz[1][3]

Madureira[1][4]

Presidente Fábio Pavão
Presidente de honra Tia Surica
Desfile de 2025
Enredo Cantar Será Buscar O Caminho Que Vai Dar No Sol - Uma homenagem a Milton Nascimento
Site oficial

https://www.gresportela.com.br/

Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela (ou simplesmente Portela) é uma escola de samba brasileira da cidade do Rio de Janeiro. Adotando como símbolo a águia e as cores azul e branco, a Portela detém o posto de maior campeã do carnaval do Rio de Janeiro, com 22 títulos (1935, 1939, 1941, 1942, 1943, 1944, 1945, 1946, 1947, 1951, 1953, 1957, 1958, 1959, 1960, 1962, 1964, 1966, 1970, 1980, 1984 e 2017). Essa marca inclui um heptacampeonato e um tetracampeonato, respectivamente entre 1941-1947 e 1957-1960. É carinhosamente chamada de "A Majestade do Samba" e forma, juntamente com a Deixa Falar e a Mangueira, a tríade das escolas fundadoras do carnaval carioca.[5]

A escola foi fundada oficialmente como um bloco carnavalesco, chamado Conjunto Oswaldo Cruz, em 11 de abril de 1923,[6] no bairro de Oswaldo Cruz. Embora haja estudiosos que acreditam que a escola tenha sido fundada em 1926, o ano oficial de fundação é 1923, mesmo ano de criação do bloco "Baianinhas de Oswaldo Cruz", que já continha o embrião da primeira diretoria portelense, com Paulo da Portela, Alcides Dias Lopes (mais conhecido como "Malandro Histórico"), Heitor dos Prazeres, Antônio Caetano, Antônio Rufino, Manuel Bam Bam Bam, Natalino José do Nascimento (o "seu Natal"), Candinho e Cláudio Manuel. Mudou de nome por duas vezes - "Quem Nos Faz É O Capricho" e "Vai Como Pode" -, até assumir definitivamente a denominação Portela, em meados da década de 1930.[5][7] Ao longo das primeiras décadas do carnaval carioca, a Portela tornou-se uma das principais escolas de samba do Rio de Janeiro, compondo ao lado de Mangueira e Beija-Flor, as três maiores campeãs do carnaval carioca.[5]

A agremiação é responsável por algumas inovações nos desfiles de carnaval. Por exemplo, em 1935, foi a primeira escola a introduzir uma alegoria - um globo terrestre idealizado por Antônio Caetano. No carnaval de 1939 apresentou aquele que é considerado o primeiro samba de enredo, além de levar ao desfile fantasias totalmente enquadradas ao enredo. Também introduziu a comissão de frente e, mais tarde, a primeira escola a uniformizá-la.[6]

Além da relevância para o carnaval carioca, a Portela firmou-se como um dos grandes celeiros de grandes compositores do samba, comprovado por sua ativa e tradicional Velha Guarda. Entre bambas portelenses ao longo de sua história, destacam-se além dos fundadores Paulo da Portela e Antônio Rufino, os sambistas Aniceto da Portela, Mijinha, Manacéa, Argemiro, Alberto Lonato, Chico Santana, Clara Nunes, Casquinha, Alcides Dias Lopes, Alvaiade, Colombo, Picolino, Candeia, Waldir 59, Zé Ketti, Wilson Moreira, Monarco, Noca da Portela, Paulinho da Viola, Marisa Monte entre outros - sem deixar de mencionar de importantes instrumentistas, como Jair do Cavaquinho e Jorge do Violão, a Portela tem uma participação importante na vida cultural do Rio de Janeiro. Prova desse reconhecimento foi a escola ser agraciada, em 2001, com a Ordem do Mérito Cultural. Em 2021 foi declarada como patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado do Rio de Janeiro.[8]

Apesar da grande tradição no cenário do samba no Rio de Janeiro, a escola vivenciou muitos momentos de atrito, especialmente no relacionamento da diretoria da escola e sambistas. Desavenças culminaram com o afastamento, em 1941, do fundador Paulo da Portela. Durante a década de 1970, novos desentendimentos levaram sambistas como Candeia, Zé Ketti e Paulinho da Viola a deixarem a escola - embora os dois últimos tenham retornado anos depois. Já na década de 1980, uma nova rusga interna gerou uma dissidência, que resultou na criação de uma segunda escola, a Tradição.

  1. a b c d Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Sambario
  2. a b «Dados Básicos». Site Galeria do Samba. Consultado em 8 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017 
  3. «Oswaldo Cruz». Site Portal Geo Rio. Consultado em 8 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017 
  4. «Madureira». Site Portal Geo Rio. Consultado em 8 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017 
  5. a b c «Portela (G.R.E.S.)». Arquivado do original em 15 de junho de 2011 
  6. a b Portela faz 88 anos na próxima segunda-feira
  7. Portela - Infoescola
  8. «Portela é patrimônio imaterial do RJ». G1. 6 de dezembro de 2021. Cópia arquivada em 6 de dezembro de 2021 

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