Presbiacusia ou perda de audição relacionada à idade é uma perda auditiva neurossensorial, gradual, bilateral e simétrica associada ao envelhecimento, causada pela degeneração progressiva das estruturas da cóclea e vias auditivas centrais.[1] Esse tipo de perda, geralmente, primeiro afeta a detecção de sons nas frequências agudas e depois, gradualmente, progride para as frequências médias e graves.[2] No Brasil, a presbiacusia pode ser considerada um problema de saúde pública, tendo em vista que afeta entre 36,1% a 64,3% dos brasileiros com mais de 60 anos de idade.[3]
As alterações audiológicas incluem ainda a dificuldade para compreensão da fala, especialmente em ambientes ruidosos.[4] Essas alterações são experienciadas pelo indivíduo como dificuldades de comunicação com a família, amigos, em local de trabalho e estabelecimentos.[5] Ainda são observados prejuízos à vida diária como ouvir rádio, assistir televisão, falar ao telefone, escutar música e frequentar atividades externas como aulas, reuniões e exercícios físicos em grupo.[6] Outro fator relevante é o impacto significativo da presbiacusia na qualidade de vida geral dos pacientes, principalmente, por reduzir a capacidade de comunicação e a independência funcional do indivíduo.[7] Por conta de todos esses fatores, atualmente, a presbiacusia ou envelhecimento do sistema auditivo, é a condição mais prevalente da causa de hipoacusia na população idosa e, se não houver o devido tratamento, as complicações podem ser graves com grande índice de demência e depressão, além de grande prejuízo na comunicação.[8]