Processos de Moscou

A prisão Luebjankan em Moscou, onde os acusados foram condenados e executados. Em primeiro plano, a pedra memorial das vítimas da opressão política na União Soviética

Os Processos de Moscou (português brasileiro) ou Processos de Moscovo (português europeu) ou Julgamentos de Moscou (português brasileiro) ou Julgamentos de Moscovo (português europeu) é como ficaram conhecidos uma série de julgamentos dos opositores de Josef Stalin ocorridos entre 1936 e 1938 na União Soviética, durante o Grande Expurgo. Houve três julgamentos:

1- o Caso do Centro Terrorista Trotskista-Zinovievista (Julgamento de Zinoviev-Kamenev ou "Julgamento dos Dezesseis"; 1936);

2- o Caso do Centro Trotskista Anti-Soviético (Julgamento de Pyatakov-Radek; 1937); e

3- o Caso do Bloco de Direitistas e Trotskistas anti-soviético (Julgamento de Bukharin-Rykov ou "Julgamento dos Vinte e Um"; 1938).

Esse processo resultou na execução da grande maioria dos velhos bolcheviques, a liderança do partido no tempo de Lenin, com a exceção de Stalin e outros membros de sua facção, como Kalinin, Molotov e Vorochilov. Inclusive dois dos membros da "troika" que governou a URSS entre 1923 e 1925, Grigori Zinoviev e Lev Kamenev, foram executados.[1] Esses processos ficaram famosos pelas "confissões" arrancadas dos acusados sob tortura, coerção e chantagem.[2] Sob estes métodos, a maioria dos acusados "confessou" conspirar contra a Revolução de Outubro.

  1. Tragtenberg, Maurício - Reflexões sobre o Socialismo - São Paulo, Editora Moderna, 1986, página 46
  2. Schwartzman, Simon - Ciência, Universidade e Ideologia: a Política do Conhecimento - Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1980 - Capítulo 7

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