Pteranodontoidea

Pteranodontoidea
Intervalo temporal: Cretáceo
140–66 Ma
Esqueleto montado de uma fêmea Geosternbergia sternbergi
Reconstrução do Ferrodraco lentoni mostrando o material conhecido, barra de escala = 50 mm.
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Ordem: Pterosauria
Subordem: Pterodactyloidea
Clado: Ornithocheiroidea
Clado: Pteranodontoidea
Kellner, 1996
Subgrupos
Sinónimos
  • Euornithocheira Unwin, 2003

Pteranodontoidea (ou pteranodontóides[1], do grego que significa "asas desdentadas") é um clado extinto de pterossauros ornitoquiróides do início ao final do Cretáceo (estágios do início do Valanginiano ao final do Maastrichtiano) da Ásia, África, Europa, América do Norte e América do Sul.[2] Foi nomeado por Alexander Wilhelm Armin Kellner em 1996. Em 2003, Kellner definiu o clado como um táxon baseado em nós que consiste no último ancestral comum de Anhanguera, Pteranodon e todos os seus descendentes. O clado Ornithocheiroidea às vezes é considerado o sinônimo sênior de Pteranodontoidea, porém depende de sua definição.[3] Brian Andres (2008, 2010, 2014) em suas análises, converteu Ornithocheiroidea usando a definição de Kellner (2003) para evitar essa sinonímia.[4]

Apesar do significado do nome do grupo, nem todos os pteranodontóides eram desdentados, os gêneros anteriores, como os istiodactilídeos e os anhanguerídeos, tinham dentes que usavam para capturar presas, e várias conclusões levaram à ideia de que mais tarde evoluíram para os pteranodontídeos desdentados. Os pteranodontóides também foram o grupo mais diverso de pterossauros ao longo do período Cretáceo e, portanto, os voadores mais bem-sucedidos durante seu tempo.[5] No entanto, eles foram substituídos pelos pterossauros de Azhdarchidae, maiores no final do Cretáceo Superior, o que resultou em competições de recursos e terrenos, mas mesmo assim, os pteranodontóides ainda conseguiram prosperar com eles, e gêneros como Alcione, Barbaridactylus e Simurghia viveram até o evento de extinção Cretáceo-Paleogeno. Os pteranodontóides tinham uma dieta semelhante à dos pássaros voadores modernos, como o albatroz, que consistia principalmente de peixes. Alguns gêneros deste grupo, no entanto, alimentavam-se principalmente de carniça, o que pode ser visto nos gêneros anteriores, como Istiodactylus. Eles também eram conhecidos por suas envergaduras proporcionalmente grandes, a maior registrada de qualquer pteranodontóide atingiu 8,70 metros e pertence ao gênero Tropeognathus.[1]

  1. a b Kellner, A. W. A.; Campos, D. A.; Sayão, J. M.; Saraiva, A. N. A. F.; Rodrigues, T.; Oliveira, G.; Cruz, L. A.; Costa, F. R.; Silva, H. P.; Ferreira, J. S. (2013). «The largest flying reptile from Gondwana: A new specimen of Tropeognathus cf. T. Mesembrinus Wellnhofer, 1987 (Pterodactyloidea, Anhangueridae) and other large pterosaurs from the Romualdo Formation, Lower Cretaceous, Brazil». Anais da Academia Brasileira de Ciências. 85 (1): 113–135. PMID 23538956. doi:10.1590/S0001-37652013000100009Acessível livremente  Ver abstract em português
  2. Richard J. Butler; Stephen L. Brusatte; Brian B. Andres; Roger B. J. Benson (2012). «How do geological sampling biases affect studies of morphological evolution in deep time? A case study of the Pterosauria (Reptilia: Archosauria)». Evolution. 66 (1): 147–162. PMID 22220871. doi:10.1111/j.1558-5646.2011.01415.x  Verifique o valor de |name-list-format=amp (ajuda)
  3. Unwin, D. M., (2003): On the phylogeny and evolutionary history of pterosaurs. pp. 139-190. — in Buffetaut, E. & Mazin, J.-M., (eds.): Evolution and Palaeobiology of Pterosaurs. Geological Society of London, Special Publications 217, Londres, 1-347
  4. Andres, Brian Blake (2014). Systematics of the Pterosauria. [S.l.]: Yale University. 366 páginas  Uma visualização que mostra o cladograma sem nomes de clados
  5. Federico L. Agnolin; David Varricchio (2012). «Systematic reinterpretation of Piksi barbarulna Varricchio, 2002 from the Two Medicine Formation (Upper Cretaceous) of Western USA (Montana) as a pterosaur rather than a bird» (PDF). Geodiversitas. 34 (4): 883–894. doi:10.5252/g2012n4a10  Verifique o valor de |name-list-format=amp (ajuda)

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