Pycnoporus sanguineus

Como ler uma infocaixa de taxonomiaUrupê
Urupê, "Orelha de Pau"
Urupê, "Orelha de Pau"
Classificação científica
Reino: Fungi
Filo: Basidiomycota
Classe: Agaricomycetes
Ordem: Polyporales
Família: Polyporaceae
Género: Pycnoporus
Espécie: P. sanguineus
Nome binomial
Pycnoporus sanguineus
(L.) Murrill, (1904)

Urupê (Pycnoporus sanguineus ou Trametes sanguinea)[1], também conhecido como orelha de pau, é um fungo que costuma crescer sobre troncos de árvores.[2] Foi descoberto na Ilha Guana, nas Ilhas Virgens Britânicas.[3] Ganhou este nome por ser muito parecido com uma orelha e com um pedaço de madeira. Este fungo é um decompositor da cadeia alimentar, se alimentando de matéria morta, podendo ser um grande indicador do estado físico da árvore. Quando encontrado em um tronco, indica, na maioria das vezes, que a árvore está comprometida. A parte externa deste fungo é denominada "corpo de frutificação", o fungo verdadeiro fica localizado no interior do tronco. É possível localizar este fungo mais comumente em áreas tropicais.

Historicamente, quatro "principais" espécies do gênero Pycnoporus foram discernidas com base em suas características morfológicas (tamanho dos poros do basidiocarpo e forma do basidiósporo) e suas áreas de distribuição: (1) Pycnoporus cinnabarinus, uma espécie comum, distribuída especialmente no hemisfério norte, (2) Pycnoporus puniceus, uma espécie rara conhecida da África, Índia, Malásia e Nova Caledônia, e caracterizada por um basidiocarpo com grandes poros irregulares (1-3 por mm), (3) Pycnoporus sanguineus, uma espécie comum distribuída em regiões tropicais e subtropicais, e (4) Pycnoporus coccineus, distribuída nos países limítrofes dos oceanos Índico e Pacífico.[4][5]

P. sanguineus é endêmico do Brasil e pode ser encontrado nos seguintes estados: Região Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará e Rondônia), Região Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Região Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), Região Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo), Região Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina).[6]

  1. taxonomy. «Taxonomy browser (Trametes sanguinea)». www.ncbi.nlm.nih.gov. Consultado em 6 de setembro de 2024 
  2. Murrill (1904), In: Bull. Torrey bot. Club 31(8):421
  3. .«Pycnoporus sanguineus». www.cortland.edu. Consultado em 28 de setembro de 2015 
  4. Laurence Lesage-Meessen, Mireille Haon, Eva Uzan, Anthony Levasseur, François Piumi, David Navarro, Sabine Taussac, Anne Favel, Anne Lomascolo, Phylogeographic relationships in the polypore fungus Pycnoporus inferred from molecular data, FEMS Microbiology Letters, Volume 325, Issue 1, December 2011, Pages 37–48, https://doi.org/10.1111/j.1574-6968.2011.02412.x
  5. Téllez-Téllez, Maura & Villegas, Elba & Rodriguez, Alexis & Acosta-Urdapilleta, Lourdes & A, O’Donovan & Díaz-Godinez, Gerardo. (2016). Mycosphere Essay 11: Fungi of Pycnoporus: Morphological and molecular identification, worldwide distribution and biotechnological potential. Mycosphera. 7. 10.5943/mycosphere/si/3b/3. Disponível: https://www.researchgate.net/publication/309230701_Mycosphere_Essay_11_Fungi_of_Pycnoporus_Morphological_and_molecular_identification_worldwide_distribution_and_biotechnological_potential Aces. Set.2021
  6. «Polpyporales». Flora do Brasil 2020 em construção. Consultado em 28 de janeiro de 2020 

From Wikipedia, the free encyclopedia · View on Wikipedia

Developed by Nelliwinne