Pyotr Bagration | |
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![]() Príncipe Bagration em uniforme militar.
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Nome completo | Pyotr Ivanovich Bagration |
Nascimento | 1765 Kizlyar, Rússia |
Morte | 24 de setembro de 1812 (47 anos) Sima, Rússia |
Cônjuge | Catherine Bagration |
Ocupação | General de Infantaria |
Serviço militar | |
País | ![]() |
Serviço | Exército Imperial Russo |
Anos de serviço | 1782–1812 |
Patente | General |
Conflitos | Guerra russo-circassiana Guerra Russo-Turca (1787–1792) Guerras Revolucionárias Francesas Guerra Finlandesa Guerra Russo-Turca (1806–1812) Guerras Napoleônicas |
Pyotr Ivanovich Bagration (em georgiano: პეტრე ივანეს ძე ბაგრატიონი P'et're Ivanes dze Bagrat'ioni, em russo: Пётр Ива́нович Багратио́н; 1765 — 24 de Setembro de 1812) foi um príncipe e general do exército Russo. Descendente da família real Bagrationi da Geórgia. Participou das Guerras Napoleónicas.
Nasceu em Kizlyar ou Tbilisi, filho de Ivan Bagration, um oficial do exército imperial russo, no qual Pyotr Bagration também se alistou em 1782.
Bagration começou sua carreira servindo na Guerra Russo-Circassiana por alguns anos. Participou a seguir de uma guerra contra os otomanos e da captura de Ochakov em 1788. Mais tarde, ajudou a reprimir a revolta de Tadeusz Kościuszko de 1794 na Polônia, tomando parte na captura de Varsóvia. Durante as campanhas italianas e suíças de 1799 contra os franceses, ele serviu com distinção sob Alexander Suvorov.
Em 1805, a Rússia se juntou à coalizão contra Napoleão. Após o colapso dos austríacos em Ulm, Bagration ganhou elogios pela defesa bem-sucedida na Batalha de Schöngrabern que permitiu que as forças russas se retirassem e se unissem com o principal exército russo sob comando de Mikhail Kutuzov. O exército austro-russo foi derrotado na batalha de Austerlitz em dezembro, onde Bagration comandou a ala direita contra os franceses sob comando do general Jean Lannes.
Bagration foi promovido a tenente-general em 1805. Durante a quarta coligação, em 1807, lutou obstinadamente nas batalhas de Eylau (7 de fevereiro), Heilsberg (11 de junho) e Friedland (14 de junho).
Comandou tropas russas na Guerra Finlandesa (1808-1809) contra a Suécia e no Danúbio, durante a Guerra Russo-Turca (1806-1812).
Durante a invasão francesa da Rússia em 1812, Pyotr Bagration comandou o segundo exército russo, (o primeiro era comandado por Barclay de Tolly). Apesar de derrotado em Mogilev (23 de julho), Bagration levou suas forças a se juntarem ao 1º Exército, em Smolensk, sob comando de Barclay de Tolly.
Os russos não conseguiram deter o avanço francês na Batalha de Smolensk. Barclay de Tolly ordenou a retirada, valendo-se da tática de terra queimada, que teve o aval do Czar Alexandre I.
Embora Bagration preferisse confrontar os franceses em uma grande batalha, Mikhail Kutuzov que substituiu Barclay de Tolly como comandante-em-chefe, manteve a tática de recuo adotada até a Batalha de Borodino, ocorrida em 7 de setembro de 1812, onde os russos buscaram evitar a queda de Moscou. Nesta batalha Bagration comandou com distinção as defesas da ala esquerda, sendo mais tarde denominadas “Flechas de Bagration” ao conjunto de trincheiras, disposto em forma de cunha.
Durante o ataque francês em Borodino, por volta do meio-dia, Pyotr Bagration foi mortalmente ferido por estilhaços de artilharia inimiga, sendo retirado do campo para um hospital de campanha e removido em seguida para Moscou. A sua remoção do campo abateu o moral de suas tropas, concorrendo para o colapso da linha de defesa russa naquele setor.
Após a evacuação de Moscou, Bagration foi transportado para aldeia de Simi, província de Vladimir, sendo hospedado na propriedade de seu amigo, Príncipe Boris Golitsyn; onde veio a falecer devido a gangrena do ferimento recebido em batalha.
Sepultado em uma igreja local, seu corpo foi transladado em 1839, com honras militares, para o campo de batalha de Borodino, por iniciativa liderada pelo General Denis Davidov, contando a cerimônia com a presença do próprio Czar Nicolau I.