Referendo consultivo venezuelano de 2023 | |||||||||||
03 de dezembro de 2023 | |||||||||||
Tipo de eleição | Controvérsia sobre a Guiana Essequiba | ||||||||||
Demografia eleitoral | |||||||||||
Votantes | 10 555 092 | ||||||||||
Resultados | |||||||||||
Pergunta 1: Sim | 98.00% | ||||||||||
Pergunta 1: Não | 2.00% | ||||||||||
Pergunta 2: Sim | 98.27% | ||||||||||
Pergunta 2: Não | 1.73% | ||||||||||
Pergunta 3: Sim | 98.24% | ||||||||||
Pergunta 3: Não | 1.76% | ||||||||||
Pergunta 4: Sim | 96.37% | ||||||||||
Pergunta 4: Não | 3.63% | ||||||||||
Pergunta 5: Sim | 96.37% | ||||||||||
Pergunta 5: Não | 3.63% |
O referendo consultivo venezuelano de 2023 (em castelhano: Referéndum consultivo venezolano de 2023) foi um referendo eleitoral não vinculado apoiado pelo governo chavista de Nicolás Maduro para consultar a população quanto à reivindicação da Venezuela sobre a região da Guiana Essequiba, que representa cerca de dois terços da vizinha Guiana.[1] O referendo ocorreu em 3 de dezembro de 2023,[2] no qual estavam aptos a votar mais de 20 milhões de venezuelanos.[3]
O litígio envolvendo a Guiana Essequiba remonta ao século XIX, quando o Império Britânico controlava a então Guiana Britânica.[4] Após tentativas de acordo por meio de laudo ter sido revogado, em 1966, a Venezuela reivindicou novamente uma área significativa da região. O Acordo de Genebra foi estabelecido para resolver a disputa, mas negociações não resultaram em uma solução definitiva.[5] A descoberta de petróleo na área a partir de 2018 intensificou as tensões entre as duas nações e,[6] em 2020, a Guiana reafirmou sua soberania sobre a região do Essequibo, exacerbando as tensões bilaterais e permanecendo como uma questão geopolítica complexa na região sul-americana até os dias atuais, levando o governo venezuelano a convocar um referendo para reafirmar a posição do país sobre o tema.[2]
Dois dias antes do dia previsto para a realização do plebiscito, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, definiu que a Venezuela deve se abster de realizar a votação, indicando que o país não pode anexar o território pretendido,[7][8] contudo, o Conselho Nacional Eleitoral manteve a realização do plebiscito para o dia 3 de dezembro.[9]