O Renascimento em Portugal, começou em meados do século XV a finais do século XVI. O movimento cultural que assinalou o final da Idade Média e o início da Idade Moderna foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana. A chegada do Renascimento à arquitetura de Portugal foi tardia e de forma tímida, depara-se com a resistência principalmente devido ao manuelino,[1] nascendo da mistura do estilo gótico, especialmente como forma ornamental da última fase do gótico, com as novas inovações do século XV. No reinado de D. João I verifica-se o contacto de artistas portugueses com as inovações técnicas e estéticas então emergentes em Itália; e artistas italianos (ou portugueses seguindo a forma italiana) eram convidados a trabalhar em Portugal como Francisco de Holanda (1517-1584) e Diogo de Torralva (c. 1500 — 1566).
Embora o Renascimento italiano tenha tido um impacto modesto na arte, os portugueses foram influentes no alargamento da visão do mundo dos europeus,[2] estimulando a curiosidade humanista.
Como pioneiro da exploração europeia, Portugal floresceu no final do século XV com as navegações para o oriente, auferindo lucros imensos que fizeram crescer a burguesia comercial e enriquecer a nobreza, permitindo luxos e o cultivar do espírito. O contacto com o Renascimento chegou através da influência de ricos mercadores italianos e holandeses que investiam no comércio marítimo. O contato comercial com a França, Espanha e Inglaterra era assíduo, e o intercâmbio cultural se intensificou bastante...