Rinoceronte-de-sumatra

Como ler uma infocaixa de taxonomiaRinoceronte-de-sumatra
Ocorrência: Pleistoceno - Recente

Estado de conservação
Espécie em perigo crítico
Em perigo crítico (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Ordem: Perissodactyla
Família: Rhinocerotidae
Género: Dicerorhinus
Espécie: D. sumatrensis
Nome binomial
Dicerorhinus sumatrensis[1]
(J. Fischer, 1814)[3]
Distribuição geográfica
Distribuição geográfica, histórica e atual.[4]
Distribuição geográfica, histórica e atual.[4]
Subespécies
Dicerorhinus sumatrensis harrissoni Groves, 1965

Dicerorhinus sumatrensis sumatrensis Fischer, 1814
Dicerorhinus sumatrensis lasiotis†? Buckland, 1872

Sinónimos

O rinoceronte-de-sumatra ou rinoceronte-de-samatra (nome científico: Dicerorhinus sumatrensis, do grego di, dois + cero, corno + rhinus, nariz/focinho; e do latim, ensis, relativo a Sumatra) é uma das cinco espécies viventes de rinocerontes da família Rhinocerotidae. Outras denominações vérnaculas incluem rinoceronte-sumatrano, rinoceronte-peludo, e rinoceronte-de-dois-chifres-asiático.

É a menor das espécies de rinocerontes recentes e a que tem características mais primitivas. Como seus parentes africanos, possui dois cornos, sendo o anterior muito maior que o posterior. Apresenta uma pelagem marrom-acastanhada única entre os membros da família. Pouco se conhece a respeito de sua ecologia, comportamento e reprodução na natureza, devido a seus hábitos furtivos e noturnos e pela dificuldade de pesquisa no ambiente florestal. Entretanto, dezenas de estudos em cativeiro foram desenvolvidos para auxiliar nos programas de conservação ex situ. É a espécie de rinoceronte que mais apresenta vocalizações.

Originalmente distribuído pelo sudeste asiático, foi dizimado em grande parte de sua área geográfica, restando apenas pequenas populações isoladas, na Indonésia e Malásia. Considerado em perigo crítico pela IUCN, sua população é de difícil determinação devido aos hábitos solitários, mas sendo estimada por volta de 300 animais. O declínio da espécie é atribuído principalmente à caça predatória para o comércio ilegal dos cornos, que possuem um valor alto na medicina tradicional chinesa. Outros fatores incluem a perda do habitat para a agricultura, pecuária e indústria madeireira. O recente terremoto de 2004 que devastou grande parte da região de Aceh contribuiu negativamente para a conservação do rinoceronte, devido à grande extração de madeira no ecossistema de Lesuer.

Um programa de conservação e reprodução em cativeiro foi iniciado em 1984 na Malásia, entretanto a grande maioria dos animais morreu sem gerar descendentes. O programa foi então adaptado, para santuários ou centros de conservação, localizados em Sungai Dusun, Way Kambas e Sepilok. Fora do sudeste asiático, o Zoológico de Cincinnati é o único lugar a manter uma coleção de espécimes, e um programa de reprodução em cativeiro, que após inúmeras concepções fracassadas, obtendo êxito em 2001 com o nascimento do primeiro rinoceronte-de-sumatra gerado em cativeiro. A fêmea Emi pariu outras duas vezes, em 2004 e 2007, quebrando todos os recordes e dando esperança para o futuro da espécie.

  1. Grubb, P. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), ed. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. p. 635. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. van STRIEN, N. J.; MANULLANG, B.; SECTIONOV, W. I.; KHAN, M. K. M.; SUMARDJA, E.; ELLIS, S.; HAN, K. H.; BOEADI, J. P.; BRADLEY, E. M. (2008). Dicerorhinus sumatrensis (em inglês). IUCN 2012. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2012. Página visitada em 29 de junho de 2012..
  3. Rookmaaker, L. C. (1984). «The taxonomic history of the recent forms of Sumatran Rhinoceros (Dicerorhinus sumatrensis. Journal of the Malayan Branch of the Royal Asiatic Society. 57 (1): 12–25. JSTOR 41492969 
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