Simon Wiesenthal | |
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Conhecido(a) por | Centro Simon Wiesenthal Centro de Documentação Judaica |
Nascimento | 31 de dezembro de 1908 Buczacz, Reino da Galícia, Áustria-Hungria |
Morte | 20 de setembro de 2005 (96 anos) Viena, Áustria |
Causa da morte | Morte por causas naturais |
Nacionalidade | austríaco |
Progenitores | Mãe: Rosa Wiesenthal Pai: Asher Wiesenthal |
Ocupação | Caçador de nazistas |
Empregador(a) | Exército dos Estados Unidos |
Religião | Judaísmo |
Simon Wiesenthal KBE (Buczacz, 31 de dezembro de 1908 — Viena, 20 de setembro de 2005) foi um caçador de nazis e escritor. Foi um sobrevivente do Holocausto que ficou famoso depois da Segunda Guerra Mundial pelo seu trabalho na perseguição e captura de nazistas.
Wiesenthal estudou arquitetura e vivia em Lviv (Lwów) no início da guerra. Depois de ter sido forçado a trabalhar como escravo nos campos de concentração nazistas de Janowska, Kraków-Płaszów e Mauthausen-Gusen durante a guerra, Wiesenthal dedicou a maior parte da sua vida a recolher informações sobre criminosos de guerra nazis em fuga por forma a que pudessem ser levados a tribunal. Em 1947 foi um dos fundadores do Centro de Documentação Histórica Judaica em Linz, na Áustria, onde ele e outros recolhiam informação para futuros julgamentos de crimes de guerra, e ajudavam refugiados na procura de parentes desaparecidos.
Em 1961 abriu o Centro de Documentação Judaico em Viena, continuando a tentar localizar criminosos de guerra nazis desaparecidos.
Teve um pequeno papel na localização de Adolf Eichmann, que foi capturado em Buenos Aires em 1960 e trabalhou de perto com o Ministério da Justiça austríaco na preparação de um dossiê sobre Franz Stangl, o qual foi sentenciado a prisão perpétua em 1971.
Nas décadas de 1970 e 1980 Wiesenthal participou em duas situações onde estavam envolvidos políticos austríacos de topo. Pouco depois de Bruno Kreisky ter sido nomeado chanceler austríaco em abril de 1970, Wiesenthal chamou a atenção da imprensa para o fato de quatro dos membros nomeados para o seu gabinete terem feito parte do Partido Nazi. Kreisky, enfurecido, chamou Wiesenthal de "fascista judeu", ligou a sua organização à Máfia e acusou-o de colaborar com os nazis. Wiesenthal processou-o, com sucesso, por difamação, num processo que terminou em 1989.[1]
Em 1986 Wiesenthal esteve envolvido no caso de Kurt Waldheim, cujo passado nazi foi revelado nas eleições presidenciais de 1986. Wiesenthal, envergonhado por, anteriormente, ter ilibado Waldheim de qualquer delito, passou por um momento negativo na sua vida.
Com uma reputação de contador de histórias, Wiesenthal foi o autor de várias memórias vagamente baseadas em eventos reais.[2][3] Em particular, exagerou o seu papel na captura de Eichmann em 1960.[4][5] Wiesenthal morreu durante o sono com 96 anos de idade, em Viena, no dia 20 de setembro de 2005, sendo sepultado na cidade de Herzliya, em Israel. O Centro Simon Wiesenthal, localizado em Los Angeles, é assim designado em sua honra.