Uma sociedade persianizada é uma sociedade que ou se baseia ou é muito influenciada pelas língua, cultura, arte, literatura ou identidade persas.[1]
O termo persianizada ou Persianato (em referência ao todo do mundo persa)[2] é a tradução para português do termo persianate, criado pelo orientalista norte-americano Marshall Hodgson.[3] No seu livro de 1974, The Venture of Islam: The expansion of Islam in the Middle Periods, Hodgson definiu esta cultura assim: "O crescendo da língua persa teve consequências mais do que puramente literárias: serviu para levar a cabo uma orientação cultural completamente nova no mundo islâmico. (...) A maioria das línguas locais de alta cultura que mais tarde emergiram entre os muçulmanos (...) dependiam em todo ou em parte do persa para a sua inspiração literária. Podemos chamar a todas estas tradições culturais, levadas a cabo em persa ou refletindo a inspiração persa, «persianizadas», por extensão."[4]
O termo, assim, não diz respeito somente aos que eram etnicamente persas, mas estende-se de modo a incluir as sociedades que, mesmo não sendo iranianas, viram a sua cultura influenciada pela cultura persa aos níveis linguístico, artístico e material. São exemplos de culturas persianizadas: a seljúcida,[5][6][7] a mogol, a timúrida[8][9] e a otomana até ao século XIX,[10][11][12][13] assim como a dos carmatas, que seguiam os princípios persianizados de tempo cíclico, apesar de não invocarem as genealogias persas em que se expressavam esses princípios. "Persianizado" é uma categoria cultural multi-racial, mas por vezes aparece como uma categoria religiosa ou racial.[14]
Persianate is a new term, first coined by Marshall Hodgson to offer a different explanation of Islam in the world system than that extrapolated from Wallerstein. While Persianate depicts a cultural force that is linked to Persian language and to self-identifiying Persians, Persianate is more than either a language or a people; it highlights elements that Persians share with Indo-Aryan rulers who preceded Muslims to the subcontinent. Two elements are paramount: hierarchy... (and) deference
Saljuq activity must always be viewed both in terms of the wishes of the sultan and his Khorasanian, Sunni advisors, especially Nezām-al-molk...
Because the Turkish Seljuqs had no Islamic tradition or strong literary heritage of their own, they adopted the cultural language of their Persian instructors in Islam. Literary Persian thus spread to the whole of Iran, and the Arabic language disappeared in that country except in works of religious scholarship
His origin, milieu, training, and culture were steeped in Persian culture and so Babor was largely responsible for the fostering of this culture by his descendants, the Mughals of India, and for the expansion of Persian cultural influence in the Indian subcontinent, with brilliant literary, artistic, and historiographical results