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Talha dourada no mosteiro de Tibães, referência do rococó português, do arquitecto André Soares, 1757-1760, Braga, Portugal.
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Talha dourada é uma técnica escultórica em que madeira é talhada (esculpida) e posteriormente dourada, ou seja, revestida por uma película de ouro. Esta técnica, principalmente associada à arquitectura, teve um período de grande aplicação na Península Ibérica e respectivas colónias durante o barroco onde se dá destaque ao jogo de volumes. Tornou-se num dos principais cunhos do barroco do norte de Portugal, a par do azulejo, nos séculos XVII e XVIII, especialmente no interior de igrejas e capelas em altares e retábulos. Para uma encomenda de talha dourada era necessário o trabalho de vários artesãos sob a orientação de um mestre.
A talha surge como recurso ao aparato ornamental dourado para deslumbrar os crentes, reveste os retábulos, púlpitos e órgãos etc. tornando na igreja um espaço cénico no seguimento do espírito da Reforma Católica. A associação simbólica do dourado ao ambiente divino, «fornece ao crente a visão da eternidade». Surge uma gramática decorativa de exuberância ornamental, com colunas torsas, motivos vegetalistas, utilizada em todo o espaço da igreja. [1]