O Talmude (em hebraico: תַּלְמוּד, transl. ṯaləmūḏ cujo significado é estudo) é uma coletânea de livros sagrados dos judeus,[1] um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei judia e ética judaica, e costumes e história do judaísmo.[carece de fontes] É um texto central para o judaísmo rabínico.
O Talmude tem dois componentes: a Mishná, o primeiro compêndio escrito da Lei Oral judaica; e o Guemará, uma discussão da Mishná e dos escritos tanaíticos que frequentemente abordam outros tópicos.[2]
A Mishná foi redigida pelos mestres tanaítas (Tannaim), termo que deriva da palavra hebraica que significa "ensinar" ou "transmitir uma tradição". Os tanaítas viveram entre o século I e o século III d.C.[3] A primeira codificação é atribuída ao Aquiba (50 d.C. – 130 d.C.), e uma segunda, ao Rabi Meir (entre 130 d.C. e 160 d.C.), ambas as versões tendo sido escritas no atual idioma aramaico, ainda em uso no interior da Síria.[3]
Os termos Talmud e Guemará são utilizados frequentemente de maneira intercambiável.[4] A Guemará é a base de todos os códigos da lei rabínica, e é muito citada no resto da literatura rabínica; já o Talmude também é chamado freqüentemente de Shas (hebraico: ש"ס), uma abreviação em hebraico de shisha sedarim, as "seis ordens" da Mishná.[5]