Tanja Nijmeijer (Denekamp, 13 de fevereiro de 1978[1]) é uma guerrilheira e cidadã holandesa, membro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). É a única europeia alistada na guerrilha desde sua fundação, em 1964.[2]
Formada em Línguas pela Universidade de Groningen, foi à Colômbia pela primeira vez em 2000[3] para ensinar inglês, como requisito para graduação. Por meio de um amigo, que também era professor com ela em uma pequena escola em Pereira, Tanja ouviu sobre a guerra civil e as desigualdades sociais enfrentadas no país.[4] De volta à Holanda, tornou-se ativista política.[4] Desiludida, retornou à Colômbia,[3] uma vez que, segunda ela, "a revolução não estava acontecendo na Holanda, mas na Colômbia".[4] Contatou seu amigo novamente e em 2002 alistou-se nas FARC.[1][2][4]
Tanja Ficou conhecida após a publicação, em 2007, de trechos de seu diário como guerrilheira, encontrado em um acampamento invadido pelo exército colombiano. No diário, expõe sua decepção com o tratamento desigual entre os próprios guerrilheiros e a corrupção interna das FARC.[3]
Em vídeo gravado em agosto de 2010, Tanja fez a seguinte declaração:
Se o exército e o governo da Colômbia ainda pensam ou dizem que eu fui sequestrada, deixem que venham aqui me resgatar. Eles serão recebidos com AK-47, bazucas, minas, morteiros, tudo.[5]
Tanja era assistente pessoal de Mono Jojoy, um importante comandante das FARC,[6] morto em 22 de setembro de 2010, em operação do exército colombiano.[7]
Sua irmã, Marloes Nijmeijer, foi até a Colômbia para procurá-la e tentar convencê-la a desertar das FARC.[8]
Em dezembro de 2010, Tanja e outros dezessete guerrilheiros foram acusados de sequestro pela justiça americana.[2]