Tenebrismo

Caravaggio: Davi e Golias, 1600. Museu do Prado

Tenebrismo foi uma tendência pictórica nascida no Barroco que se perpetuou irregularmente até o Romantismo. Seu nome deriva de tenebra (treva, em latim), e é uma radicalização do princípio do chiaroscuro. Teve precedentes no Renascimento desenvolveu-se com maior força a partir da obra do italiano Caravaggio, sendo praticada também por outros artistas da Espanha, Países Baixos e França. Como corrente estilística teve curta duração, mas em termos de técnica representou uma importante conquista, que foi incorporada à história da pintura ocidental. Por vezes o Tenebrismo é usado como sinônimo de Caravaggismo, mas não são coisas idênticas.

O tenebrismo é usado apenas para obter um impacto dramático, enquanto o claro-escuro é um termo mais amplo, abrangendo também o uso de contrastes de luz menos extremos para aumentar a ilusão de tridimensionalidade.[1] Os intensos contrastes de luz e sombra emprestam um aspecto monumental aos personagens, e embora exagerada, é uma iluminação que aumenta a sensação de realismo. Torna mais evidentes as expressões faciais, a musculatura adquire valores escultóricos, e se enfatizam o primeiro plano e o movimento. Ao mesmo tempo, a presença de grandes áreas enegrecidas dá mais importância à pesquisa cromática e ao espaço iluminado como elementos de composição com valor próprio.

Na França Georges de La Tour foi um dos adeptos da técnica; na Itália, Battistello Caracciolo, Giovanni Baglione e Mattia Preti, e na Holanda, Rembrandt van Rijn. Mas talvez os mais típicos representantes são os espanhóis José de Ribera, Francisco Ribalta e Francisco de Zurbarán.

  1. Lois Fichner-Rathus (January 2011). Foundations of Art and Design: An Enhanced Media Edition. [S.l.]: Cengage Learning. 74 páginas. ISBN 978-1-111-77145-4  Verifique data em: |data= (ajuda)

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