O teorema de Noether é um resultado da teoria de sistemas dinâmicos. A primeira versão do teorema foi demonstrada em 1918[1] por Emmy Noether.
Ela provou que toda grandeza física conservativa corresponde a um grupo contínuo de simetrias das equações. Simetria aqui é entendida como uma transformação matemática que deixa as equações inalteradas em sua essência, sendo que todas as simetrias possíveis formam um grupo (no sentido matemático do termo). Um grupo contínuo é um grupo de simetrias definidas por um número que pertence ao conjunto dos Reais.
O enunciado do teorema do ponto de vista matemático diz que para cada grupo uniparamétrico de difeomorfismos de um sistema dinâmico Lagrangeano existe uma constante do movimento.[2] Em mais detalhes, em um sistema de equações diferenciais ordinárias nas funções no tempo , , dada uma solução das equações , e uma operação nesta solução que dependa de um parâmetro real e que seja contínua de tal forma que é também solução do mesmo sistema, então existe uma constante independente do tempo associada a esta transformação.
Por exemplo, se a equação em questão for a segunda lei de Newton e a transformação for a rotação dos eixos espaciais , ou na direção do eixo de simetria por um ângulo (real) , que formam um contínuo, então a grandeza física conservativa associada é o momento angular (na direção do eixo ). Outros dois exemplos importantes são: a família de translações numa determinada direção do espaço leva a conservação da quantidade de movimento, e a simetria temporal implica a conservação da energia.
Informalmente, podemos apresentar o teorema de Noether dizendo que: "Para cada família de simetrias corresponde uma lei de conservação".[3]
A versão quântica do teorema está associada a diferentes resultados, como o chamado teorema de Wigner e o teorema de Stone.[4]