A terapia celular (também chamada citoterapia) é uma forma de terapia na qual material celular (geralmente intacto, isto é, constituído de células vivas ) é injetado num paciente.[1] Por exemplo, células T, capazes de combater células cancerosas (através da imunidade celular), podem ser injetadas no curso da imunoterapia.
A terapia celular tem origem no século XIX, quando cientistas experimentavam injetar material de origem animal, na tentativa de prevenir o envelhecimento ou tratar doenças. [2] Embora essas tentativas não tenham produzido nenhum resultado positivo, pesquisas subsequentes, realizadas em meados do século XX, mostraram que as células humanas poderiam ser utilizadas para ajudar a prevenir a rejeição de órgãos humanos transplantados , levando ao êxito de transplantes de medula óssea. [3]
Atualmente, duas categorias distintas de terapia celular são reconhecidas. [1]
A primeira, ligada à medicina mainstream, tem sido objeto de intensa pesquisa sobre seu potencial benefício terapêutico e seu consequente impacto sobre a indústria farmacêutica: espera-se que o mercado de produtos para terapia celular cresça exponencialmente nos próximos anos, gerando negócios da ordem de bilhões de dólares.[4]Há, no entanto, alguns obstáculos - e não somente de ordem técnica - a serem superados: questões de ordem ética têm sido levantadas, sobretudo quando as pesquisas envolvem o uso de embriões humanos.[5][6]
A segunda categoria inclui-se na medicina alternativa e perpetua a prática de injetar materiais de origem animal, na tentativa de curar doenças. Segundo a American Cancer Society, a terapia de células frescas não comprovou nenhum benefício e tem causado graves efeitos colaterais (infecções e reações imunológicas à proteína injetada) e pode ser letal.[7][8]Em 1984, a FDA publicou um alerta de importação pedindo o bloqueio da importação de pós e extratos de terapias celulares para injeções. [1][6]