Thurgood Marshall | |
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86° Juiz associado da Suprema Corte dos Estados Unidos | |
Período | 2 de outubro de 1967 a 1 de outubro de 1991 |
Nomeação por | Lyndon B. Johnson |
Antecessor(a) | Tom C. Clark |
Sucessor(a) | Clarence Thomas |
33° Advogado-geral dos Estados Unidos | |
Período | 23 de agosto de 1965 30 de agosto de 1967 |
Nomeação por | Lyndon B. Johnson |
Antecessor(a) | Archibald Cox |
Sucessor(a) | Erwin Griswold |
Dados pessoais | |
Nascimento | 2 de julho de 1908 Baltimore, Maryland |
Falecimento | 24 de janeiro de 1993 (84 anos) Bethesda, Maryland |
Esposa | Vivien "Buster" Burey (1929–1955) Cecilia Suyat (1955–1993) |
Filhos | 2 (Thurgood Jr e John William) |
Alma mater | Universidade Lincoln (BA) Escola jurídica da Universidade Howard (LLB) |
Religião | Episcopal |
Thurgood Marshall (Baltimore, 2 de julho de 1908 – Bethesda, 24 de janeiro de 1993) foi um juiz associado da Suprema Corte dos Estados Unidos de 2 de outubro de 1967 até 1 de outubro de 1991. Foi o 86° juiz associado e o primeiro juiz associado afro-americano dos Estados Unidos. Thurgood Marshall também é conhecido por ter atuado para garantir a independência do Quênia no início da década de 1960, chegando a visitar o local e a fazer lobby por sua emancipação política em Londres. Ficou responsável por elaborar uma Carta de Direitos para a constituição do país e a maior parte de seu texto foi inserido nela durante a sua oficialização em 1963.
Antes de se tornar juiz, Marshall era um advogado famoso pelo seu histórico bem sucedido em debater sobre questões raciais em tribunais federais e na Suprema Corte durante o movimento dos direitos civis, graças a isso ficou conhecido como "Senhor Direitos Civis (Mr. Civil Rights)".[1] O caso mais conhecido em que Thurgood Marshall debateu diante da Suprema Corte foi Brown v. Board of Education, cuja decisão impediu a segregação racial nas escolas públicas e derrubou a doutrina de Plessy v. Ferguson.[2][3] Em 1961, Thurgood foi nomeado pelo presidente John F. Kennedy para atuar no Segundo Circuito de Cortes de Apelação, depois passou a atuar como advogado-geral sendo nomeado pelo presidente Lyndon Johnson em 1965. O Presidente Johnson o nomeou para a suprema corte em 1967, sucedendo o juiz associado Tom C. Clark. Marshall se aposentou durante a administração do presidente George H. W. Bush e foi sucedido por Clarence Thomas.
Thurgood Marshall foi influenciado indiretamente por seu pai a estudar direito e iniciou sua educação jurídica na Universidade Lincoln e a terminou na Escola jurídica da Universidade Howard. Durante o seu último ano em Lincoln, Marshall se casou com Vivien Burey em 1929. Os dois foram casados por 26 anos e não tiveram filhos, pois ela sofreu abortos espontâneos durante o casamento e morreu de câncer em 1955. Alguns meses após a morte de Vivien, Marshall se casou com Cecilia Suyat, com quem teve dois filhos: Thurgood Marshall Jr. e John William Marshall. Thurgood e Cecilia foram casados até o dia da morte dele no Hospital Militar Nacional de Walter Reed em 1993. Thurgood Marshall se encontra sepultado no Cemitério Nacional de Arlington com a sepultura próxima a de outros juízes associados da Suprema Corte. Entre as homenagens que lhe foram feitas podem se destacar o Tribunal Americano Thurgood Marshall, o prêmio Thurgood Marshall da American Bar Association e o filme Marshall. As principais honrarias para Thurgood Marshall foram a Medalha Spingarn, o Four Freedoms Award, a Philadelphia Liberty Medal, a Medalha Benjamin Franklin e a Medalha Presidencial da Liberdade.