Troilo (em grego: Τρωΐλος; romaniz.: Troïlos; em latim: Troilus) é um personagem lendário da mitologia grega associado com a história da Guerra de Troia. A primeira referência feita a ele na literatura está na Ilíada, de Homero, que acredita-se ter sido escrita no fim do século IX ou no século VIII a.C.[1]
Na mitologia clássica Troilo é um jovem príncipe troiano, um dos filhos do rei Príamo (ou, por vezes, do deus Apolo) e Hécuba. Diversas profecias ligam o seu destino ao da cidade de Troia, e eventualmente ele acaba sendo morto numa emboscada pelo herói grego Aquiles. O dramaturgo Sófocles foi um dos autores antigos a escreverem sobre este episódio, que foi um tema popular entre os artistas da época. Escritores antigos abordavam Troilo como a epítome do filho morto, com os pais em luto. Também era tido como um exemplo da jovem beleza masculina.
Nas versões medievais e renascentistas da lenda, Troilo é o mais jovem dos cinco filhos legítimos de Príamo e Hécuba. Apesar de sua juventude é um dos principais líderes de Troia na guerra. Morre durante o combate, pelas mãos de Aquiles. Num dos acréscimos populares feitos à história, originário do século XII, Troilo se apaixona por Créssida, cujo pai teria desertado para o lado dos gregos. Créssida lhe retribui o amor, porém logo passa a demonstrar suas afeições pelo herói grego Diomedes quando é enviada a seu pai, numa troca de reféns. Chaucer e Shakespeare estão entre os autores de obras que contaram a história de Troilo e Créssida. Na tradição medieval, Troilo é tido como um exemplo do fiel amante cortês, e também do cavaleiro pagão virtuoso. Uma vez que o costume do amor cortês entrou em declínio, seu destino passou a ser visto de maneira menos simpática.
Pouca atenção foi dada ao personagem durante os séculos XVIII e XIX; nas versões dos séculos XX e XXI da Guerra de Troia, no entanto, diversos autores escolheram elementos das versões clássica e medieval da história nas quais Troilo voltou a aparecer.