Vale de Fergana Farg‘ona vodiysi • Фергана өрөөнү • водии Фaрғонa • Ферганская долина • وادی فرغانه – Região geográfica e histórica – | |
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País | Usbequistão • Quirguistão • Tajiquistão |
Altitude | 2 268 m |
![]() Mapa político do vale de Fergana | |
Localização aproximada do vale no Usbequistão | |
Coordenadas | 40° 54′ 03″ N, 71° 45′ 28″ L |
O vale de Fergana (em usbeque: Farg‘ona vodiysi; em quirguiz: Фергана өрөөнү, pronúncia AFI: /ferʀɑnɑ œrœːny/; em tajique: водии Фaрғонa; em russo: Ферганская долина; em persa: وادی فرغانه), ou simplesmente Fergana,[1] é uma região fértil e histórica da Ásia Central que se estende por cerca de 22 000 km² no leste do Usbequistão, sul do Quirguistão e norte do Tajiquistão. É limitado a norte pela cordilheira de Chatkal (parte do Tian Shan) e a sul pela de Alai, ambas parte do Pamir. Tem aproximadamente 300 km de comprimento por 70 km de largura e é habitado por aproximadamente dez milhões de pessoas, um quinto da população total da Ásia Central. É a região mais densamente povoada daquela parte do mundo.[2]
Dividido entre três antigas repúblicas soviéticas, o vale é habitado por várias etnias e no início do século XXI foi palco de conflitos étnicos. É de forma aproximadamente triangular e situa-se numa parte em geral árida da Ásia Central. Deve a sua grande fertilidade aos rios Kara Darya e Naryn, que nascem nas montanhas Tian Shan e confluem junto a Namangã para formarem o Sir Dária. A história da região remonta a ao século IV a.C., quando foi conquistada por invasores greco-bactrianos vindos de ocidente.[carece de fontes]
Segundo os cronistas chineses, as cidades do vale foram fundadas há mais de 2 100 anos e foram um elo de ligação entre as civilizações chinesa, grega, bactriana e parta. Ali nasceu Babur (1483–1530), o fundador do Império Mogol, que uniu politicamente o vale ao que é hoje o Afeganistão e a Ásia Meridional. A região foi conquistada pelo Império Russo no final do século XIX e passou a fazer parte da União Soviética na década de 1920. As suas três repúblicas soviéticas tornaram-se independentes em 1991. A população é maioritariamente muçulmana e é etnicamente usbeque, tajique e quirguiz, frequentemente misturada e habitando áreas que não seguem as fronteiras políticas modernas. Historicamente há minorias importantes de russos, casgares, quipechaques, judeus bukharan e ciganos.[carece de fontes]
A cultura extensiva de algodão, introduzida pelos soviéticos no século XX, continua a ser a principal atividade económica, a par duma ampla variedade de cereais, fruta e hortaliças. Há uma longa tradição de pecuária, curtumes e em anos mais recentes registou-se um crescimento do setor mineiro, nomeadamente na exploração de carvão, ferro, enxofre, gipsita, halita, nafta algumas pequenas reservas de petróleo.[carece de fontes]
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