Em 1807, com as invasões francesas, a família real portuguesa exilou-se no Brasil, e a Grã-Bretanha passou a exercer uma forte influência sobre Portugal, nomeadamente por oficiais britânicos, como o marechal Beresford que assumiu o comando das tropas portuguesas. Isso gerou descontentamento entre os portugueses, levando à criação de movimentos de oposição, como a conspiração de 1817, liderada por Gomes Freire de Andrade, que acabou por ser descoberto e executado, tornando-se um símbolo dos ideais liberais.
O movimento também teve reflexos nas sociedades secretas como o Sinédrio , que, em 1820, protagonizou a Revolução que levou à instauração de um regime constitucional.
O Vintismo caracteriza-se por ser um período político que durou em Portugal entre 1820 e 1823, marcado pelo radicalismo das soluções liberais e pelo predomínio das Cortes Constituintes, influenciado pela Constituição Espanhola de Cádis.
Este movimento iniciou-se com o pronunciamento militar do Porto, em agosto de 1820. O objetivo central do Vintismo era a regeneração do país, promovendo uma aliança entre o rei e as forças sociais representadas nas Cortes, na expectativa de criar uma constituição que garantisse uma melhor governação. Assim, o movimento Vintista visava o fim do absolutismo e o estabelecimento de um regime constitucional. No entanto, a independência do Brasil em 1822 foi um golpe para o regime, enfraquecendo a economia portuguesa e provocando uma reação negativa entre os vintistas.
O Vintismo terminou com a Vilafrancada quando o infante D.Miguel liderou uma sublevação militar que resultou na abolição da Constituição de 1822 e no restabelecimento dos ideais do Antigo Regime, ainda que de forma mitigada.